quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Não se assuste pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa!


Algumas músicas são feitas para lavar a alma. São aquelas que a gente conhece há um tempão mas só começam a fazer sentido naquele momento. E a gente escuta uma, duas, três vezes... Cada vez mais alto, e mais alto...
"Dê um rolé" dos Novos Baianos é uma delas. E nesse exato momento ela está no repet.


No som. Na cabeça. No coração.


Não consigo pensar em nada mais além da letra dessa música, que de alguma forma, me passou a sensação de liberdade, de paz em não ter que viver mentiras, situações pesaaadas... Blá! Me dá a sensação de poder transitar flutuando entre todos os meus problemas.

Problemas que mais uma vez, consegui transformar em uma coisa positiva... Consegui, em meio ao turbilhão que têm sido esses últimos meses, transformar o negativo no positivo (Acredite, isso para mim ainda é uma novidade).

Estou em paz. Estou bem. Depois de tudo, acho que estou bem.


Há alguns dias atrás, meu pai sofreu um infarto. E foi sério.

Mas não se assuste pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa...

O infarto passou e deixou algumas restrições, mas ao mesmo tempo, percebi o quanto somos queridos por tantos amigos e pela nossa família. As surpresas boas acabaram soterrando as coisas ruins.

Não vou e nem quero diminuir a experiência pela qual ele passou. Ver a vida por um fio não é fácil. Mas encontrar uma enfermeira gente boa e poder entrar de madrugada na UTI só pra ele saber que não está sozinho, vale muito... Poder ouvir em silêncio ele me contar o que passou e como quer ser depois disso tudo... Vale tanto!
Parece que nessas horas a gente ama mais.

Como eu amo. E o melhor de tudo... ele sabe!


Eu sou amor. Da cabeça aos pés!



quinta-feira, 29 de julho de 2010

=]

Hoje os problemas estão menores.

Qualquer crise, dúvida, dor... tudo isso ficou pequeno.

Relembrei músicas antigas, nacionais que me faziam tão feliz.

Hoje os problemas estão menores.

Relembrei o que eu era, antes de ser o que sou hoje.

Hoje os problemas estão menores.

Relembrei um lugar quente, onde sei que sou querida.

Hoje os problemas estão menores.

Relembrei olhos cúmplices.

Hoje meus problemas foram embora.

Pelo menos por hoje.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

( )


Julho passou muito rápido.

Ao mesmo tempo que consigo perceber o tempo que estou na minha casa, vou sentindo um aperto no peito quando penso que vou ter que ir embora.

A distância nem é tanta assim, a gente pode resolver esse problema em pouco tempo, coisa de 50 minutos. Mas o vazio é o pior de tudo.

Chegar lá e encontrar aquele quarto, a janela apertada no fundo, entre duas paredes altas, estreitas... A luz baixa, um frio que não é acolhedor, o sentimento de solidão ecoa naquele quarto.

Talvez não seja o quarto, seja eu mesma - aliás, tenho quase certeza que é isso mesmo.

No post anterior falei da busca pela felicidade e disse não acreditar nisso. Já dizia Vinícius: "Tristeza não tem fim. Felicidade sim", como se a tristeza estivesse sempre lá, nos acompanhando em todos os momentos, ora mais intensa, ora mais branda.

Sou ariana, por isso me obrigo a ser organizada, porque sei que se não sou, as coisas saem totalmente do meu controle. Penso muito antes de falar uma coisa, porque sei que se falar tudo que eu penso posso magoar (e muito) quem quer que seja e depois sofro com a minha consciência berrando o quanto eu agi mal.

Por isso, passo dias quieta, falando apenas o necessário, conversando assuntos superficiais e se escuto alguma coisa que não gosto, logo penso: "Hoje não é dia de discutir isso".

Por isso também a madrugada sempre me foi produtiva, desde pequena. Sempre gostei de sentar no meio do meu quarto e recortar revistas para depois fazer colagens, deitava no escuro e colocava o som bem pertinho dos ouvidos para poder ouvir cada detalhe, cada som, cada ruído da minha música preferida (daquela semana), tudo isso com a certeza de que ninguém entraria no quarto para me perguntar o que eu estava fazendo.

Como faz quando temos que voltar para um lugar que não gostamos? Como faz quando não nos sentimos bem no lugar que vivemos? Como conseguir relevar todos os problemas, todas as frustrações? Como faz para não se importar? A gente não busca a felicidade, a gente a produz. E como faz quando o ingrediente está em falta no nosso organismo? No nosso coração?

Quando eu tinha 16 anos, eu tinha meu porto-seguro. A praça Benedito Calixto.

Lá eu sabia que seria feliz. Sabia que em algum momento da tarde, entraria numa roda de maracatu, veria (e ouviria) os tambores descendo do palco para se misturar com todo mundo, que faríamos uma ciranda e cantaríamos "eu tava / na beira da praia / ouvindo a gandaia das ondas do mar". Em algum momento do dia, eu olharia pro lado e veria um par de olhos negros cúmplices, que entenderia a minha felicidade por estar lá e saberia que eu também estava entendendo a felicidade deles. Lá eu não precisava pensar no que dizer, não precisava forçar minha organização, programar cada minuto do que faria... lá eu poderia ser o que eu quisesse.

Será que crescer é perder nosso porto-seguro?

Ouvi minha vida inteira que deveria tocar o Foda-se para algumas coisas: opinião dos outros, palavras grosseiras sobre a gente, inveja, rancor das outras pessoas. Ouvi minha vida inteira que não deveria tentar mudar o outro... isso eu acho que aprendi. Mas esse botão do "foda-se" eu não encontrei até agora.

E acho que eu sempre gostei da solidão porque ela sempre foi apenas uma opção... A solidão num lugar acolhedor é uma opção. A solidão num lugar vazio... é solidão demais.
Estou chorando as pitangas mesmo, mas é que não aguento mais. Pensei que escrever fosse uma forma de exorcismo para o que estou sentindo.
To vendo que não.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

"Liberdade e Felicidade"


Todos sabem que eu faço um curso de Comunicação e que gosto muito. Embora eu tenha caído de para-quedas nesse curso, hoje consigo ver o quanto ele me completa e como eu gosto do que faço.

E desde o começo do curso, todos os professores adotam o discurso de que desde o século passado (XX) até hoje em dia, todos vivemos no mundo das imagens, que somos o que consumimos, o que vestimos etc.

Não discordo de nada disso, acho mesmo que tudo se resume a roupa, acessórios e tratamentos de clareamento dos dentes.

Em todo lugar que vamos, encontramos pessoas felizes porque compraram um celular, porque vão viajar, porque conseguiram de alguma forma, se encaixar dentro de algum padrão. "Ufa!"

Não sei se a coisa se potencializa aqui no Brasil, um país onde encontramos tanta pobreza, tanta miséria, que qualquer coisa que nos diferencie "deles" já é motivo de celebração e foto no Orkut/Facebook. Como eu odeio essas fotos.

Eu odeio mas vejo todoas... Sem um olhar crítico, consciente da manipulação, do fragmento de verdade que aquele instânte representa. Mas ainda assim caio direitinho nessa enganação.

Será aquilo a felicidade? Felicidade.... não queria dizer isso, mas está impossível... Afinal de contas, que merda é essa de felicidade?

Pode ser uma vidinha medícore (Huum... típico comentário do amargurado), pode ser um monte de cápsulas ingeridas diariamente, pode ser um casamento, um monte de amigas... sei lá.

(Mas por favor não se esqueçam de ilustrá-la no Orkut/Facebook)

Há um tempo atrás ouvi dizer que todos deveriam se sentir Felizes e Livres... Que liberdade e felicidade são duas coisas diretamente ligados.


Quem é burro o suficiente pra buscar a felicidade?

Estou lendo " O que Keith Richards faria em seu lugar?". Um livro besta, de filosofia barata, como o livro "O Segredo", mas nesse, você dá umas risadinhas e acha um pouco de lógica em alguns comentários dele, quando comparados com grandes pesadores como Platão, Aristóteles e Nietzsche.

Por isso encerro com uma das inúmeras frases dele.

"Niguém é totalmente livre, e livre de que? Acho que muitas pessoas nem sabem o que as matém em cativeiro. Às vezes é você mesmo."

No começo achei essa história de Felicidade e Liberdade uma graça, me fez pensar. Hoje já não acho mais.















terça-feira, 22 de junho de 2010

Vai! Vai! Vai!


Nunca pensei que a vida fosse uma linha reta, constante. Mas o sobe e desce que está acontecendo nesses últimos dias (arrisco dizer meses) eu nunca vi igual, nem nos meus piores infernos astrais passei por isso.


Desde que fiz aniversário, sabia que as coisas estavam para acontecer. Eu não sabia exatamente o que, mas sabia que alguma coisa iria rolar.

E na véspera do último feriado, fui chamada para "acompanhar" uma filmagem com o pessoal da produtora Conspiração. Achei ótimo!


Cheguei lá e me senti útil dentro de uma produção de verdade. Mesmo que o tempo tivesse sido breve - apenas 2 dias, aprendi muito vendo o diretor e toda a equipe trabalhar.

O olhar clínico, tira móvel, põe móvel, um passo pra esquerda do quadro, dois pra direita. Grava de novo... e de novo... e de novo... O cuidado com a imagem foi impressionante.


Alguns dias e uma bela crise alérgica depois fui chamada para uma entrevista e logo em seguida havia sido contratada. Saí atordoada, sem entender direito o tamanho do que tinha acontecido.

Agora vou ter que mudar para a noite e ter que administrar uma monitoria junto de todo o caos.


A monitoria é um parágrafo a parte: Há alguns meses, um dos meus professores me chamou para ser monitora dele, para ajudá-lo a "repaginar" - mesmo não gostando do termo, o programa dele na Rádio FAAP. Acho que vou aprender muito com essa monitoria, ajudarei no roteiro e na gravação do programa, mas acho que vou aprender mais conhecendo um pouco do que ele conhece de música, tenho certeza que meu repertório musical vai crescer muito com essa experiência.


Até ai meu caro leitor (acreditando na sua existência) está tudo ótimo: Portas, janelas e passagens secretas abertas, quantas oportunidades. Mas ainda assim, a impressão que tenho é que as coisas estão acontecendo, eu estou caminhando, indo...indo...indo... mas meio sem fôlego, sem coragem, sem cair a ficha de que as coisas estão REALMENTE acontecendo, e quando eu paro pra pensar e tentar entender a turbulência, eu desabo.


Estou levando mais um dos caldos que a vida dá... um daqueles que a gente se sente uma meia na máquina de lavar... não sabe onde é em cima e embaixo, se nada pra um lado ou pro outro... E como num caldo, acho que não tem muito o que fazer a não ser esperar passar... a turbulência não foi feita para ser entendida, foi feita para ser vivida.


O difícil mesmo, é lembrar disso quando bate o desespero. Contar até 10 já não está adiantando mais e desde então, estou sentindo o peso de tudo isso no meu estômago, é sempre ele que paga a conta.


O que eu preciso mesmo é não levar tão a sério. Alguém me explica como faz?

terça-feira, 25 de maio de 2010

No amor, no sorriso e na flor...


Faz um tempinho que eu não passo por aqui , né?
Não sei exatamente o motivo... falta do que dizer ou MUITA coisa pra falar, mas não em um blog... apesar de não acreditar tanto assim que as pessoas de fato leiam esse Blog, mas mesmo assim... Tem coisas que é melhor não verbalizar, ou neste caso, digitar.

Na verdade, eu estou um pouco cansada das palavras, das frases e de alguns sons.
As vezes eu queria que o mundo fosse no mudo. É claro que isso seria só temporariamente, eu não consigo me imaginar sem música...
Mas do mesmo jeito que existem músicas que paracem relaxar o cérebro, parecem agradar o espírito, eu estou com vontade de escutar alguma coisa que me faça ficar assim também.
Não bastaria dizer coisas inteligentes, tem que ser aconchegante...

Minha cabeça anda a mil, entro no carro e não consigo mais escutar música, já coloco na SulAmerica Trânsito para constatar o caos da cidade para tentar fugir um pouco dele. Contraditório, né?
Parece que eu estou 24 horas por dia ao lado de uma parede de caixa de som, gritando na minha orelha uma música ruim e mal tocada. Problemas, soluções, buzinas, trânsito. Alguém ai sabe onde é o botão do Mudo? Tô sentindo falta do silêncio.

A janela do meu quarto em Santos me faz muita falta. Queria ter uma foto dela para ilustrar.
Lá, eu sentava na minha escrivaninha (que a principio, foi feita para estudar), fechava a porta e ficava sozinha... por horas. Olhava os carros passando, as árvores do Canal, os menininhos treinando futebol no campo da frente de casa, ouvia os estalos das máquinas do Porto. Dava pra acompanhar o Sol com as sombras no chão da rua. Olhava para frente e via os prédios dos meus amigos. Ana, Renato, Thiago...

Quem me faz esquecer um pouco das coisas é o Vinicius, meu Poetinha...
A Bossa Nova tem isso... faz a gente não se preocupar com quase nada... Não engana a gente dizendo que tudo vai sempra dar certo: " Fez chorar de dor o seu amor", mas também não joga uma realidade bruta, dura, feia na nossa cara... As coisas acontecem no diminutivo... Vinicius chamava a todos pelo diminutivo: Narinha, Tonzinho...

Estava na dúvida sobre o que ouvir hoje... Achei Meditação, que não é do Vinicius mas sim do Tom... E é linda.

Todo mundo fala que queria ter vivido na década de 70, ser hippie, Hendrix, Led Zeppelin...
É verdade, tudo isso deve ter sido muito intenso, uma reviravolta.
Mas eu adoraria ter feito parte das rodas de Bossa na casa da Nara Leão... Tom, João Gilberto, Newton Mendonça, Menescal e meu Poetinha... bêbado feito um gambá, boêmio, boca suja (apesar de diplomata), galinha... mas ainda assim doce, doce...

Meditação

terça-feira, 27 de abril de 2010

I Made A Decision.

Final de semana passado foi especial Guy Ritchie. Assisti RocknRolla e vi pela 15° Snatch Porcos e Diamante - filme que nunca canso de ver.

Juntando esses dois filmes e Sherlock Holmes, no final a gente tem praticamente um filme só, mas ainda sim é tudo MUITO BOM!
Edição impecável, direção e fotografia... eu, através do meu olhar leigo, gosto muito desses três filmes, não sei qual é a opinião desses que curtem um "filme cabeça" ou que se dizem experts em cinema -mas também, nunca me importei muito com o que eles falam, acho todos uns chatos.

Eu gosto e ponto final.

Vendo filmes assim, aquele documentário The Drifter entre outras coisas e fico pensando quando vai chegar a minha vez de fazer uma coisa tão bem feita!

Hoje foi a entrega do "Apoena" e feita a versão finalizada, vejo o quanto eu queria ter feito mais pelo programa, vejo o quanto eu errei em detalhes pequenos, mas que se eu não estivesse com a cabeça tão a mil, tão preocupada e puta da vida, não teria errado. Não quero e nem gosto de transferir a culpa para outras pessoas ou tentar justificar meu erros. Aconteceu e pronto. MOVE ON. Mas depois de entregar o trabalho, eu me senti mal, me senti sozinha... mais uma vez me senti no lugar errado e principalmente com as pessoas erradas.

Eu sei que não deveria me sentir assim, como escrevi no outro dia, seguir meus instintos ou eceitar as coisas, mesmo sabendo que isso pode de uma forma ou de outra me prejudicar?
Acabei seguindo meus instintos e foda-se.

O Resultado final é esse:

http://www.youtube.com/watch?v=re4kHY983o0

Eu sei que tem muita coisa que poderia ser mudada, mas acho que estou no caminho certo.
E espero que mais pra frente, eu veja que peitar tanta gente, dizer tantos "nãos" tenham valido a pena.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

"AS MELHORES COISAS DO MUNDO"


Saindo da FAAP, eu e meu querido amigo resolvemos pegar um cineminha... algo bem light.
A intenção era começar beeem relax o pequeno feriado que estava chegando.
Nem pegamos o carro, subimos e descemos as ladeiras de Higienópolis, nos escondendo do Sol que estava castigando - confesso que no meio do caminho pintou um arrependimento, mas durou pouco... a arquietetura e o verde do bairro nos faz perceber uma São Paulo diferente, longe do preconceito e da fama de "cidade cinza".

A sessão Coca-Cola começava 2 e pouquinho da tarde e quando entramos na sala já estava tudo escuro... Depois de milhares de propagandas, trailers e animações para desligarmos o telefone ("Isto sim é cinemark") o filme começou.

Juro que entrei naquela sessão com a intenção de relaxar, de não pensar em nada... Meu namorado adora ir ao cinema, mas nunca para ver os filmes que eu quero, por isso nem esperei que ele fosse comigo, ainda mais se eu falasse que era um filme com o Fiuk, protagonista da Malhação.
Mas o filme foi enchendo meus olhos e o meu coração... as imagens saturadas, os diálogos tão bem escritos, a fotografia muito bem pensada... e os conflitos... Há muito tempo que a adolescência não era tratada de uma forma honesta e séria.

Na minha época, quando estava entrando na adolescência, não existia nenhum filme ou seriado na TV que nos retratassem do jeito que éramos.
Quando era mais nova, assistia precocemente "Confissões de Adolescemte" e eu amava, não esperava a hora de viver tudo aquilo e venerava minha irmã por já estar vivendo... Mas quando chegou a minha vez... onde eu estava sendo retratada?

E hoje, vejo minha prima de 14 anos e não a entendo. Não sei se eu amadureci meus proconceitos muito rápido ou se são elas que estão cada vez mais "adultas" por fora e "infantis" por dentro.
Há pouco tempo atrás, disse que não aguentava mais essas menininhas de 14 anos fingindo ser alguma coisa...
Elas brincam de ser gente grande, querem viver e se vestir como gente grande, mas não aguentam o tranco, o que é natural, já que tem muita "Gente Grande" que também não aguenta. Mas ainda assim, fica tudo um pouco patético, sei lá... Mas acho que mesmo com 23 anos (e nesse texto, acho 23 anos muito pouco) eu já as vejo com os olhos de 40 anos, não as levo a sério. Grande erro...

Saímos do filme com a luz do fim da tarde... O tempo estava uma delícia, quente com ventinho... Andávamos pelo bairro alucinados com o que tinhamos visto... tudo aquilo mexeu muito com a gente. O lado universitário ficou impressionado com a fotografia, a edição, a arte, direção... toda parte técnica. Mas por outro lado, o lado adolescente que tá com medo de virar adulto de vez, ficou mexido com a história, com os sentimentos. Esse lado, pela primeira vez em 6 anos, sentiu saudade do tempo da escola.

Peguei meu carro e tentei ir embora... Não consegui até hoje.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Problema. Conta até 10. Resolve o problema.

Tenho me esforçado ao máximo para seguir essa fórmula, credite.

Mas as vezes fica complicado porque fico dividida entre fazer o que tenho vontade ou manter a diplomacia.
Me impor ou me anular - mesmo sabendo que isso pode me prejudicar, de uma forma ou de outra.
Na verdade, acho que ainda não aprendi direito a lidar com essas situações, porque isso é o tipo de coisa que ainda me desgasta e me chateia. Na verdade, é impossível resolver problemas sem se preocupar.

Mas estou de saco cheio de buscar culpados, apontar defeitos, ouvir desculpas... puta papinho manjado. A gente tem mais é que tocar o projeto pra frente e melhorar o que estiver ruim, mesmo quando tudo o que você mais quer é tocar o foda-se mesmo. hehehe.
E quer saber? Isso sim é uma postura profissional, e na faculdade, é a época que a gente deve aprender a ter essa postura, e no final é uma das coisas que vão te diferenciar dos outros. O que adianta fazer o melhor curso da america latina, se a sua postura não corresponde com o lugar que você frequenta e as informações que você recebe?

O que tem tirado meu sono nos últimos meses, é o programa "APOENA".
A idéia era simples: Mostrar que um grupo de amigos pode ajudar o meio ambiente e se divertir ao mesmo tempo.
Tive essa idéia depois que vi um trechinho do documentário "The Drifter", e depois que o vi por inteiro, me apaixonei.
Me apaixonei pelas cores, pelas músicas, pelas fotografias tiradas ao longo do documentário e é claro, pela fotografia do doc.
Resolvi usar a mesma linguagem - mas numa escala beeem menor, claro!
O processo está sendo loongo e trabalhoso, mais até do que deveria.

Uma prévia do programa. Em breve posto a versão finalizada.

E amanhã tem mais: Problema. Conta até 10, Resolve o problema.


domingo, 18 de abril de 2010

Domingo.



Faz tempo que não passo por aqui. E faz tempo também que estou com vontade de passar. Mas faz tempo que eu não tenho tempo.

Domingo é sempre um marasmo bom.. mesmo quando o meu time está perdendo e eu tenho uma cidade torcendo contra. Tudo bem. Só nós somos TRI!
Tirei o dia pra ficar quietinha, na minha. Sentada no sofá, lendo minha revista (TPM) e pensando.

Essa semana fiz 23 anos e acho que mais do que nunca, entrei um processo de amadurecimento. De um tempo pra cá, consigo perceber todas as fases que tenho passado e acho isso ótimo, pois tomo consciência da minha consciência. Acredito que esse seja um processo de evolução, né?

Não que esses processos tenham sido fáceis... Como ja dizia o Capitão Nascimento: "Quem disse que a vida é fácil?" (Aliás, fica a dica da bela entrevista do Wagner Moura para as Páginas Vermelhas da TPM desse mês).

Já chorei muito, já fiquei muito brava, já fiquei muito satisfeita comigo mesma, já me senti "muito" em tudo. Afinal de contas, que tipo de ariana eu seria, se não fosse "muito" e "tudo" ao mesmo tempo?

Hoje, tudo que eu mais queria no mundo, era sentar num café com a minha irmã/amiga/confidente/amada, Alice e perguntar pra ela suas impressões da vida.

Nossas máquinas fotográficas estariam sobre a mesa, esperando aparecer uma cena bonita, um reflexo interessante, um momento que fosse estático por natureza, para finalmente: Click!
O tempo estaria agradável.. um solzinho gostoso de final de tarde e na sombra, um friozinho que faz a gente correr pro sol. Ela me falaria algumas coisas do que tem vivido, citaria Nietzsche. Conversas intensas, seguidas de silêncios mais intensos ainda... uma olhando para cada lugar... daquelas vezes que a gente olha para um ponto e tem preguiça de sair daquele lugar. Mas ainda assim não seria constrangedor.
Que saudades dos meus 16 anos.

Não sinto mais que a minha vida esteja caminhando no piloto automático. Acho sim, que as coisas poderiam ser melhores - as coisas sempre podem ser melhores. Fica registrado aqui, a minha sindrome de Tântalo.
Há pouco tempo atrás, comentei com uma amiga, que sentia um pouco de inveja das meninas que ainda estão aqui em Santos. Todas de saltão, maquiadas... lindas, naquela futilidade invejável, naquele tédio santista que e tão simples e despreocupado que elas inventam fofoca para ter com o que se preocupar. A ignorância é uma delícia... é um pote de nutela numa tarde de "Sessão da tarde".
É lindo de se ver... chega até a ser admirável a capicidade que elas têm de se alienar de tudo.
Mas nunca foi isso que eu quis pra mim, fui treinada e alimentada para outras coisas.
Sinto que as coisas estão mudando... tenho consciência que o passo é grande.
Que venha.






quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Porque és o avesso, do avesso...


Voltar a metrópole sempre me deixa numa mistura de sentimentos. Fico triste por ter que ir embora da minha casa colorida e cheia de janelas mas feliz por saber que eu finalmente moro na cidade que eu sempre amei e que aprendi depressa a chamar de realidade.
São Paulo é a cidade dos sonhos de muitas pessoas, não é à toa que a maior metrópole da América Latina está tão cheia de pessoas. Todas correndo atrás dos seus sonhos.
Ontem tive a chance de redescobrir o lado bom da cidade. Redescobrir o prazer de entrar na Livraria Cultura e encontrar tantas opções de livros que fica difícil escolher só um. Cadernos importados, estampados e lindos - viciada em cadernos que sou, não resisti e comprei um.
Redescobri São Paulo também pela voz do Gil, que assim como tantos outros, chegou nesta cidade atrás de um sonho. Impossível não se identificar.
A Antropologia diz, em uma de suas teorias, que o melhor jeito de conhecer uma sociedade é justamente através do olhar de um indivíduo que não faça parte da mesma. Concordo em gênero, número e grau. E é por isso que foi um baiano que me fez voltar a ver São Paulo com outros olhos.
A cidade fez 456 anos no último dia 25 de janeiro e dessa vez, me senti parte desta comemoração pois tive minha foto publicada na Revista da Folha de São Paulo com o trabalho que o pessoal da CIA DE FOTO idealizou para festejar o aniversário da cidade. "SP de Muitos".
http://ciadefoto.com.br/spmuitos/

Acho que meu Parabéns pelo aniversário veio um pouco atrasado, pegou um trânsito tipicamente paulistano.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

DANÇA DA CHUVA

senhorita chuva
me concede a honra
desta contradança
e vamos sair
por esses campos
ao som desta chuva
que cai sobre o teclado

Paulo Leminski que eu tanto amo.
Não podia faltar, né?

domingo, 17 de janeiro de 2010


Mais um dia de verão. E na vitrola Donavon Frankenreiter, By Your Side.
Ontem passei por lugares que marcaram minha infância, uma estrada que quando eu pegava, sabia que o dia ia ser bom, divertido.

São Pedro e Iporanga são prainhas escondidas onde você ainda consegue sentir cheiro de mato. A gente chega, passa por uma burocracia necessária e começa a estradinha de pedras que leva a praia.

Passamos o dia lá porque lá tem ondas, e onde tem ondas, meu pai está por perto. Adoro poder vê-lo surfar porque sei que as coisas estão bem. Pude relembrar o tempo em que eu ia na parte da frente da prancha enquanto ele fazia a parte chata, remava. Eu só ficava responsável pela água na cara, a gotinha chata que entra nos olhos, arde um pouquinho e passa, nada estraga um passeio na prancha do pai.
Hoje em dia mesmo uma Long ficou pequena para nós dois. Hoje, minha função é de ficar na areia fotografando o momento. Todos felizes da vida.
No próximo dia 21 é dia do surfista e ele será homegaado pela Prefeitura de Santos pela importância que teve na história do Surf da cidade e no estado de São Paulo. Dá pa imaginar o orgulho? Mando notícias e imagens.
Por enquanto fico aqui, lembrando do que foi e imaginando o que vem.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Dias de Janeiro.


Dias de Janeiro, calor demais...
Tá difícil pensar alguma coisa interessante pra escrever a não ser que só chove e eu estou aqui no meu quarto derretendo, morrendo de preguiça. Até minha água acabou.
Ontem, um dia de arder os olhos, de ter a sensação de que se somos 70% água, tranquilamente uns 40% escorreram pelas costas.
No outro dia, mais um dia lindo, mas desta vez bem aproveitado.
A praia estava linda, o mar lisinho, sem nenhuma onda. Segui em direção ao mar ,sentei bem na beirinha e escutei minhas músicas. Lenine com Gandaia das Ondas, Otto com Dias de Janeiro e me senti invadida por aquela sensação que a gente só sente no verão. As preocupações se tornam menores, os ombros vão ficando relaxados e a gente até se sente bem com o próprio corpo. Eis que a música vai diminuindo, diminuindo... Silêncio. A beteria acaba. Abro os olhos e confirmo minha desconfiança. "Droga". Um suspiro... olho em volta, fechos os olhos e escuto outras músicas... Mas é só agora que eu escuto a Gandaia das Ondas.
Há alguns minutos atrás não conseguia escrever nada. Achava que tinha que escrever alguma coisa interessante, talvez citar os livros que tenho lido, fazer uma crítica aos filmes que tenho visto, tentar ser "interessante". Mas é verão... E no verão dá uma preguiça... Lá fora ainda está chovendo, acho até que aumentou; mas tudo bem, por tanto que no final de semana o céu esteja azulzinho, azulzinho... Verão é a minha manha.