domingo, 18 de abril de 2010

Domingo.



Faz tempo que não passo por aqui. E faz tempo também que estou com vontade de passar. Mas faz tempo que eu não tenho tempo.

Domingo é sempre um marasmo bom.. mesmo quando o meu time está perdendo e eu tenho uma cidade torcendo contra. Tudo bem. Só nós somos TRI!
Tirei o dia pra ficar quietinha, na minha. Sentada no sofá, lendo minha revista (TPM) e pensando.

Essa semana fiz 23 anos e acho que mais do que nunca, entrei um processo de amadurecimento. De um tempo pra cá, consigo perceber todas as fases que tenho passado e acho isso ótimo, pois tomo consciência da minha consciência. Acredito que esse seja um processo de evolução, né?

Não que esses processos tenham sido fáceis... Como ja dizia o Capitão Nascimento: "Quem disse que a vida é fácil?" (Aliás, fica a dica da bela entrevista do Wagner Moura para as Páginas Vermelhas da TPM desse mês).

Já chorei muito, já fiquei muito brava, já fiquei muito satisfeita comigo mesma, já me senti "muito" em tudo. Afinal de contas, que tipo de ariana eu seria, se não fosse "muito" e "tudo" ao mesmo tempo?

Hoje, tudo que eu mais queria no mundo, era sentar num café com a minha irmã/amiga/confidente/amada, Alice e perguntar pra ela suas impressões da vida.

Nossas máquinas fotográficas estariam sobre a mesa, esperando aparecer uma cena bonita, um reflexo interessante, um momento que fosse estático por natureza, para finalmente: Click!
O tempo estaria agradável.. um solzinho gostoso de final de tarde e na sombra, um friozinho que faz a gente correr pro sol. Ela me falaria algumas coisas do que tem vivido, citaria Nietzsche. Conversas intensas, seguidas de silêncios mais intensos ainda... uma olhando para cada lugar... daquelas vezes que a gente olha para um ponto e tem preguiça de sair daquele lugar. Mas ainda assim não seria constrangedor.
Que saudades dos meus 16 anos.

Não sinto mais que a minha vida esteja caminhando no piloto automático. Acho sim, que as coisas poderiam ser melhores - as coisas sempre podem ser melhores. Fica registrado aqui, a minha sindrome de Tântalo.
Há pouco tempo atrás, comentei com uma amiga, que sentia um pouco de inveja das meninas que ainda estão aqui em Santos. Todas de saltão, maquiadas... lindas, naquela futilidade invejável, naquele tédio santista que e tão simples e despreocupado que elas inventam fofoca para ter com o que se preocupar. A ignorância é uma delícia... é um pote de nutela numa tarde de "Sessão da tarde".
É lindo de se ver... chega até a ser admirável a capicidade que elas têm de se alienar de tudo.
Mas nunca foi isso que eu quis pra mim, fui treinada e alimentada para outras coisas.
Sinto que as coisas estão mudando... tenho consciência que o passo é grande.
Que venha.






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