terça-feira, 22 de junho de 2010

Vai! Vai! Vai!


Nunca pensei que a vida fosse uma linha reta, constante. Mas o sobe e desce que está acontecendo nesses últimos dias (arrisco dizer meses) eu nunca vi igual, nem nos meus piores infernos astrais passei por isso.


Desde que fiz aniversário, sabia que as coisas estavam para acontecer. Eu não sabia exatamente o que, mas sabia que alguma coisa iria rolar.

E na véspera do último feriado, fui chamada para "acompanhar" uma filmagem com o pessoal da produtora Conspiração. Achei ótimo!


Cheguei lá e me senti útil dentro de uma produção de verdade. Mesmo que o tempo tivesse sido breve - apenas 2 dias, aprendi muito vendo o diretor e toda a equipe trabalhar.

O olhar clínico, tira móvel, põe móvel, um passo pra esquerda do quadro, dois pra direita. Grava de novo... e de novo... e de novo... O cuidado com a imagem foi impressionante.


Alguns dias e uma bela crise alérgica depois fui chamada para uma entrevista e logo em seguida havia sido contratada. Saí atordoada, sem entender direito o tamanho do que tinha acontecido.

Agora vou ter que mudar para a noite e ter que administrar uma monitoria junto de todo o caos.


A monitoria é um parágrafo a parte: Há alguns meses, um dos meus professores me chamou para ser monitora dele, para ajudá-lo a "repaginar" - mesmo não gostando do termo, o programa dele na Rádio FAAP. Acho que vou aprender muito com essa monitoria, ajudarei no roteiro e na gravação do programa, mas acho que vou aprender mais conhecendo um pouco do que ele conhece de música, tenho certeza que meu repertório musical vai crescer muito com essa experiência.


Até ai meu caro leitor (acreditando na sua existência) está tudo ótimo: Portas, janelas e passagens secretas abertas, quantas oportunidades. Mas ainda assim, a impressão que tenho é que as coisas estão acontecendo, eu estou caminhando, indo...indo...indo... mas meio sem fôlego, sem coragem, sem cair a ficha de que as coisas estão REALMENTE acontecendo, e quando eu paro pra pensar e tentar entender a turbulência, eu desabo.


Estou levando mais um dos caldos que a vida dá... um daqueles que a gente se sente uma meia na máquina de lavar... não sabe onde é em cima e embaixo, se nada pra um lado ou pro outro... E como num caldo, acho que não tem muito o que fazer a não ser esperar passar... a turbulência não foi feita para ser entendida, foi feita para ser vivida.


O difícil mesmo, é lembrar disso quando bate o desespero. Contar até 10 já não está adiantando mais e desde então, estou sentindo o peso de tudo isso no meu estômago, é sempre ele que paga a conta.


O que eu preciso mesmo é não levar tão a sério. Alguém me explica como faz?