segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

DANÇA DA CHUVA

senhorita chuva
me concede a honra
desta contradança
e vamos sair
por esses campos
ao som desta chuva
que cai sobre o teclado

Paulo Leminski que eu tanto amo.
Não podia faltar, né?

domingo, 17 de janeiro de 2010


Mais um dia de verão. E na vitrola Donavon Frankenreiter, By Your Side.
Ontem passei por lugares que marcaram minha infância, uma estrada que quando eu pegava, sabia que o dia ia ser bom, divertido.

São Pedro e Iporanga são prainhas escondidas onde você ainda consegue sentir cheiro de mato. A gente chega, passa por uma burocracia necessária e começa a estradinha de pedras que leva a praia.

Passamos o dia lá porque lá tem ondas, e onde tem ondas, meu pai está por perto. Adoro poder vê-lo surfar porque sei que as coisas estão bem. Pude relembrar o tempo em que eu ia na parte da frente da prancha enquanto ele fazia a parte chata, remava. Eu só ficava responsável pela água na cara, a gotinha chata que entra nos olhos, arde um pouquinho e passa, nada estraga um passeio na prancha do pai.
Hoje em dia mesmo uma Long ficou pequena para nós dois. Hoje, minha função é de ficar na areia fotografando o momento. Todos felizes da vida.
No próximo dia 21 é dia do surfista e ele será homegaado pela Prefeitura de Santos pela importância que teve na história do Surf da cidade e no estado de São Paulo. Dá pa imaginar o orgulho? Mando notícias e imagens.
Por enquanto fico aqui, lembrando do que foi e imaginando o que vem.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Dias de Janeiro.


Dias de Janeiro, calor demais...
Tá difícil pensar alguma coisa interessante pra escrever a não ser que só chove e eu estou aqui no meu quarto derretendo, morrendo de preguiça. Até minha água acabou.
Ontem, um dia de arder os olhos, de ter a sensação de que se somos 70% água, tranquilamente uns 40% escorreram pelas costas.
No outro dia, mais um dia lindo, mas desta vez bem aproveitado.
A praia estava linda, o mar lisinho, sem nenhuma onda. Segui em direção ao mar ,sentei bem na beirinha e escutei minhas músicas. Lenine com Gandaia das Ondas, Otto com Dias de Janeiro e me senti invadida por aquela sensação que a gente só sente no verão. As preocupações se tornam menores, os ombros vão ficando relaxados e a gente até se sente bem com o próprio corpo. Eis que a música vai diminuindo, diminuindo... Silêncio. A beteria acaba. Abro os olhos e confirmo minha desconfiança. "Droga". Um suspiro... olho em volta, fechos os olhos e escuto outras músicas... Mas é só agora que eu escuto a Gandaia das Ondas.
Há alguns minutos atrás não conseguia escrever nada. Achava que tinha que escrever alguma coisa interessante, talvez citar os livros que tenho lido, fazer uma crítica aos filmes que tenho visto, tentar ser "interessante". Mas é verão... E no verão dá uma preguiça... Lá fora ainda está chovendo, acho até que aumentou; mas tudo bem, por tanto que no final de semana o céu esteja azulzinho, azulzinho... Verão é a minha manha.